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Kaio

 

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29 junho 2006

Happy birthday to me

Hoje eu completei meu 16º ano de vida.
Não considero, no entanto, que fazer aniversário deva ser associado a "ficar mais velho" ou coisa assim, até porque hoje, ao me olhar no espelho, não notei mudança alguma, "it's always the same". Prefiro usar minhas mudanças de idade para subdividir os períodos de minha vida. Por exemplo, entre 29/06/96 e 29/06/97, eu ouvia muito Titãs e Bon Jovi e adorava CDZ e Power Rangers; de 29/06/99 a 29/06/00, houve o auge da época na qual eu era apaixonado pela T.; já entre 29/06/03 e 29/06/04 eu comecei a gostar de Beatles e Rock em geral, além de iniciar meu vício por política e ciências humanas. E por aí vai.
Eu me pergunto, portanto, sobre o quê ocorreu de importante para mim nos 365 dias em que eu tive 15 anos de idade. Reforço que este realmente foi o melhor e o pior ano de minha vida. Vamos a mais uma das minhas famigeradas listas:
1. Fiquei mais chato, pedante e anti-social. Grande novidade...
2. Conheci Joy Division, Smiths, Sonic Youth, My Bloody Valentine, New Order, Pavement, Muse, Stone Roses, Interpol, The Cure, entre outras dezenas de bandas que eu passei a ouvir nos últimos 12 meses, já seguindo a tendência que eu já demonstrava há 3 anos de preferir Rock clássico e os alternativos.
3. Li cerca de trinta livros desde junho do ano passado, meu "recorde". Ainda assim, houveram as perigosas "ressacas literárias", como entre novembro e janeiro e entre abril e junho. Notei que tenho uma tendência a gostar de ler obras de escritores hipócritas (Nietzsche), charlatães (Schopenhauer), paranóico (Orwell), densos (Dostoiévski), semi-autistas (Kafka), prolixos (Kant) e libertários (Kerouac).
4. Criei vergonha na cara e parei de acreditar nas mentiras da esquerda e da social-democracia. Felizmente, não migrei para a direita, preferindo a idéia de ser um livre pensador que cria sua própria ideologia sem precisar dar satisfação a nenhum dogma político.
5. Houve um curto período (22 dias, para ser mais exato) no qual eu fui obcecado por uma garota. Hoje só a considero amiga, mas essa "paixão relâmpago" me deixou em alerta. Devo me empenhar mais para continuar minha vida de "solteiro indisponível". A solidão pode não ser a melhor coisa do mundo, mas eu me sinto muito bem nela, e não pretendo, a curto e médio prazo, mudar esse quadro.
6. Criei dois blogs. Inicialmente, eles seriam tão despretensiosos quanto 99% dos blogs que eu fiz desde 2002, mas a coisa foi andando tão bem que eu praticamente abri neles a minha vida nos últimos meses, além de tê-lo usado como resenhol de política, literatura e música.
7. Percebi que tive um grande amadurecimento, mas continuo sendo imaturo e inconseqüente em várias situações. Ainda falta muito...
8. ...mas, por mais arrogante que isso possa soar, estou cada vez mais profundo e complexo. A cada dia, noto um nova face da minha personalidade; descubro uma nova falha ou qualidade na minha índole; alterno estados emocionais subitamente, com mudanças radicais de humor; me sinto como um velho rabugento perto dos meus colegas, os quais são bem mais alegres e despreocupados do que eu; não consigo reparar nas coisas simples e superficiais, sou muito apegado aos detalhes, ao subliminar, ao micro do macro.
9. Fiquei mais perfeccionista, enfim. Não consigo fazer nada que realmente me agrade por completo - sempre há algo errado, algum deslize, coisas que precisam ser melhoradas. Nunca me dou por satisfeito, e isso é irritante.
10. Crio problemas imaginários para compensar a frustração de que não tem nada de errado comigo nem ou na minha vida. Sei lá, deve ser uma "hipocondria psicológica"...

Completo mais um ano de vida esperando (e não torcendo, afinal é algo provável, e não "na sorte"), que os próximos 365 dias sejam tão intensos, para bem ou para mal, quanto foram esses últimos que eu tive. E até mais. Com licença, vou ouvir "Birthday", dos Beatles, hahaha...

 

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