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Kaio

 

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14 outubro 2006

Desordem

Meu sábado foi um dia quase vazio. Insosso. Passou em branco.
Perdi metade dele na internet. A outra metade foi "preenchida" pela televisão. É como se o Kaio tivesse sido desligado por um dia.
Às vezes eu me sinto uma criança perante o mundo. Tão inexperiente, tolinho, meloso, romântico, imaturo... mesmo perto de pessoas da minha idade, ou algumas até mais jovens, eu sinto como se a minha idade mental fosse bem menor que a delas.
Escrever, ler, ouvir música, sonhar, filosofar... parece que tais atividades não fazem tanto sentido como já fizeram.
Eu não consigo ter ídolos, parâmetros, guias, inspirações.
Corro a cada momento, a cada segundo, o risco de me apaixonar por alguém. Pode ser qualquer garota, isso é aleatório. E, como sempre, vou fazer loucuras por essa pessoa. Veja bem, POR, e não COM. Essa sempre foi a minha tônica (e uma amiga virtual minha notou isso hoje) - é como se eu desse um sentido para a loucura. É como se fosse um gesto, um sacrifício para uma pessoa em especial.
Costumo ser uma pessoa pouco humilde, mas isso inverteu completamente nas 2 ocasiões da minha vida nas quais eu estive apaixonado. É como se eu, do nada, abrisse mão de boa parte do meu egoísmo. Não que eu perdi o controle, pelo contrário, ainda consigo manter a lucidez, porém deixo de lado a obsessão por auto-preservação. É como se o Kaio frio, por alguns momentos, sumisse.

O que eu sinto não é insegurança, nem covardia, tampouco medo. É simplesmente pessimismo. Uma certeza de que meus esforços serão em vão. Posso até ter uma vida boa no futuro, mas continuarei me sentindo insatisfeito. Meu perfeccionismo não tem um objetivo final.
Como diz aquele vídeo dos macacos, todos os 6 bilhões deles se sentem sozinhos. É verdade. Porém, eu complemento essa frase com um teor individualista. "Todos os macacos se sentem sozinhos, mas cada um à sua maneira." Generalizar o ser humano é um erro. Sim, a solidão é o fim, o ponto em comum, mas chegamos a ela por caminhos e razões diferentes. Por motivações que podem soar estranhas se comparadas. É por isso que eu não pretendo jamais fazer tratamento psicológico. Os meus problemas são diferentes dos problemas do psicológo, que por sua vez são opostos aos de outro paciente, e assim por diante. Cabe à cada um escolher como se analisar. E eu escolho o blog como maneira de expressar o que se passa pela minha cabeça.
Tenho 16 anos, 3 meses e 15 dias de vida. Ainda sou relativamente jovem, mas quero chegar aos 17 menos atormentado. Ainda tenho oito meses e meio para isso. Ironicamente, vou insistir nos meus velhos e usuais metódos - Escrever, ler, ouvir música, sonhar, filosofar...

 

Comentários:

 

 

Nem sei o que dizer... Também preciso de uns "catas" de verdade... Hahaha brincadeiras a parte, logo logo poderemos abrir um clube de solteiros, feios, infelizes e inteligentes.
Poderíamos analisar esse tal risco de se apaixonar, o perfeccionismo q buscamos, e a forma absoluta de amor, seja ela física ou mental...
Ah, como isso tudo é um grande castigo...


Ou gostei de quando você disse que cada um é sozinho a seu modo. Tens toda razão.


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