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Kaio

 

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25 julho 2012

La Redención

Minhas expectativas se confirmaram: passar uma semana em Brasília era o que eu precisava para me restaurar, voltar aos trilhos.

(atualizado em 13/8) Cheguei na capital federal no dia 16/7. Assim que cheguei na rodoviária comprei na Dom Quixote um livro de crítica musical do Alejo Carpentier que estava com um preço camarada. Peguei metrô e depois o ônibus da L2, deixei minhas coisas na kitnet e imediatamente me dirigi à UnB, afinal estava começando a cerimônia de abertura do Politéia. Foi ótimo reencontrar vários amigos/as após quatro meses (ou, em alguns casos, mais do que isso). Depois da abertura fomos conversar e comer hamburguer no Stevie's.

No dia seguinte acordei cedo, afinal seria o 1º dia da simulação. Peguei carona com os meus amigos do DEM (Atadeu, Teles e Saad) e um correligionário de PP (Nauê). Pela manhã houve a eleição para presidente da Casa; Atadeu venceu Rochildo (PT) por quase 30 votos de diferença. Porém, as sessões das comissão atrasaram, pois as negociações do bloco "União pela Democracia" (PMDB-PSDB-PSD-PP-PR-DEM) estavam tensas. Nesse ínterim andei pela Câmara com o pessoal, e conhecemos Jair Bolsonaro. Até tiramos foto com ele. (P.S.: Que fique claro que discordo de várias das posições políticas e morais do Bolsonaro. Porém, conhecendo-o pessoalmente posso dizer que é um sujeito simpático, bem-humorado. E ainda por cima é palmeirense, rs!)
Também aproveitei para almoçar. À tarde, fui eleito e empossado presidente da comissão de Ciência e Tecnologia. Desde o início a CCTCI primou pela eficiência, mas sem deixar de lado a avaliação ponderada dos projetos da pauta. No período noturno eu saí com o pessoal para um rodízio na Pizza Hut do Pier 21. Comi bastante!

Quarta-feira, dia 18. Pela manhã, apesar de um ou outro problema (falta de quórum e um pedido de vista), a comissão funcionou super bem, votando seis PLs, dos quais quatro foram aprovados; à tarde outros cinco foram apreciados, sendo que dois foram rejeitados. Resolvi não sair com o povo à noite, e fiquei na minha ex-kitnet mesmo. Porém, aproveitei bem o tempo e assisti a um life-changing movie: "Projeto X: Uma Festa Fora de Controle". Eis o comentário que fiz no Filmow:

"Awesome! Epic!
O filme enlouquece progressivamente; há vários momentos "uau, isso foi insano!". Project X é uma das mais inusitadas comédias adolescentes dos últimos tempos, desde o estilo amador/documentário da filmagem até a capacidade de levar aos limites extremos a premissa simples do enredo.
Não querendo filosofar muito, mas Projeto X é um filme hedonista, quase niilista em sua radicalidade.
A parte do incêndio é perturbadora - mas divertida, rs.
 Pode não ser cult como um Superbad ou um Curtindo a Vida Adoidado, mas nem por isso é menos divertido.
P.S.: A trilha sonora, como já disseram por aqui, é sensacional: LCD Soundsystem, Yeah Yeah Yeahs, Bonde do Rolê etc.
PS2: Sim, se parece com aquelas festas de Skins!
"

Mas por que life-changing movie? Porque ele me deu a certeza de que, para sair da fossa, eu precisava também mudar algo em mim: a minha velhice precoce. Sou muito jovem para ficar me preocupando tanto com as coisas. Um pouco de hedonismo não faz mal a ninguém. Sendo assim, "Projeto X" foi o estopim para que eu adotasse uma atitude existencial mais assertiva. Veremos conseqüências dessa resolução ainda nesse post, hehe.

No dia 19, mais Politéia. Encerramos os trabalhos na CCTCI com 100% de aproveitamento e até alguma folga. Além disso, meu PL (que diminui ligeiramente as cotas de conteúdo nacional na TV por assinatura, para facilitar a adaptação à nova lei 12.485), que já havia sido aprovado na minha comissão, também foi aprovado na CCJC, graças a uma manobra de última hora - inclusão de pauta, com várias assinaturas - que eu e o Nauê (vice-líder do meu partido) fizemos.
Tirei uma foto com o quadro do deputado/senador/ministro/diplomata Roberto Campos (1917-2001), meu "muso inspirador" - afinal, simulei com o nome fictício Bob Fields, que era o apelido pejorativo que os detratores do liberalismo "entreguista" de R. Campos lhe deram nos anos 60:


Depois do almoço se iniciaram os trabalhos no Plenário. Assim como nas edições anteriores, esta foi a parte menos legal do Politéia, afinal é um prato cheio para deputados "estrelinhas" e debates intermináveis. Não foram poucas as vezes em que eu dei uma saída para tomar cafezinho (ou água) com outros deputados/as igualmente entediados. Mesmo nesses pequenos detalhes o Politéia ajuda os simuladores a entender que a vida de deputado não é tão simples e estereotipável quanto parece ser. Um exemplo mais marcante disso viria no dia seguinte...
À noite eu iria sair com a Jana, mas ela passou mal e teve que cancelar. Fiquei em casa mesmo, descansando. Porém, valeu a pena tirar esse dia para descansar, afinal o Politéia foi bem exaustivo; 10 horas diárias na Câmara não é mole!

Sexta-feira. No Plenário, o dia foi marcado pela "vendetta". Depois que o líder do PT pediu votação nominal para a inclusão na pauta de um projeto, mesmo sabendo que mal havia quórum e que qualquer abstenção ou voto contrário levaria à rejeição do requerimento (e mais: havia sido acordado no Colégio de Líderes que todas as votações de inclusão de pauta seriam simbólicas e não nominais!), os demais líderes (e o próprio presidente de Casa) ficaram indignados. O resto do dia consistiu num linchamento moral do sujeito, travando todo o resto da pauta. Isso prova que deputados - mesmo os simuladores! - são acima de tudo humanos, portanto sujeitos a sentimentos tão baixos como a vingança (ou, no caso do líder petista, um cínico descumprimento de promessa). Nesse sentido o barraco no Politéia foi bem realista.
At night, the party! Pensei comigo mesmo, ainda sob os efeitos de Projeto X: "Paguei 30 reais para uma festa open bar. Acho que abrirei mão de minha sobriedade e beberei bastante hoje!" Tomei 2 Cuba Libre e 2 vodkas com Coca-Cola. Não cheguei a ficar bêbado, mas me senti mais alegre e corajoso. Dancei bastante e, após algumas trocas de olhares, fiquei com uma menina lá. (Só descobrimos o nome um do outro meia hora depois, haha) Não vou entrar em detalhes sobre a "pegação", mas digamos que virei a lenda da noite, rs. Um amigo meu até tweetou no dia seguinte: "Resumo da noite de ontem: Kaio, os bons entenderão."
A garota em questão era até legal. Ela gosta de Slash e hard rock em geral, fazia Ciência Política na UnB (cursou 3 semestres) e agora mora em Pelotas/RS, onde faz Direito.
P.S.: Foi a 1ª menina mais nova do que eu com quem fiquei (porém, ela é de 1991, então a diferença etária entra na "margem de erro", hehe).

Sábado, 21 de Julho. Passei o dia descansando, mas à noite fui em outra festa com meus amigos, desta vez no Arena. Tocaram três bandas cover: Queens of the Stone Age, Pearl Jam e Foo Fighters. Como dessas 3 só gosto mesmo de Queens, acabei curtindo só o primeiro dos shows. A noite, entretanto, ainda assim foi agradável.

Domingo. Fórmula 1 pela manhã, com mais uma vitória de Fernando Alonso. O piloto espanhol está merecendo levar o tricampeonato. Ah, e ele anda até menos antipático, rs!
À tarde tive a conversa tensa com minha ex que eu mencionei na atualização do post anterior. Ela leu meu blog e, obviamente, ficou magoada com as coisas que eu disse sobre ela. Ao longo do papo eu finalmente superei meu ressentimento e entendi os motivos dela para tanto ter terminado comigo quanto ter começado outro namoro apenas três semanas depois. Perdoei-a (e ela me perdoou pelas grosserias que eu disse), e pouco depois já estávamos conversando sobre um dos nossos assuntos favoritos: Pokémon, hehe.

Na segunda-feira o Gino (ex-room mate e atualmente único morador da kitnet) voltou de viagem. Ao longo do dia ele descobriu que havia passado em mais uma das matérias difíceis que estava fazendo (a propósito, ele cursa Engenharia Mecânica).
Em torno das 16h fui ao cinema com a Janaína, e assistimos ao filme "On The Road". Achei-o ótimo! Valeu a pena ter esperado sete anos por essa adaptação (afinal li o livro homônimo no Natal de 2005).
 "On The Road" segue bem o espírito do romance de Jack Kerouac, o que pode desagradar alguns espectadores, já que é um filme lento, reflexivo e que exige um conhecimento prévio da atmosfera cultural das décadas de 40 e 50. Em outras palavras, prepare-se para várias cenas literalmente 'na estrada' e uma trilha sonora repleta de jazz!
Quanto ao elenco, destaque as boas atuações de Sam Riley (Sal Paradise), Camille (Kirsten Dunst) e principalmente Garrett Hedlund (Dean Moriarty).

No dia seguinte eu e o Gino voltamos para Goiânia. Vai demorar para que voltemos a nos ver, afinal ele vai fazer intercâmbio em Portugal a partir de setembro, e só volta daqui a um ano. Sentirei saudades do meu melhor amigo. (Ok, isso foi meio piegas, mas ele merece, hehe)

 

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