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Kaio

 

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30 julho 2014

Titãs e Bon Jovi

Ontem comprei Cross Road: The Best of Bon Jovi e Titãs 84 94 Um, dois CDs de bandas que iniciaram meu gosto por rock aos seis anos de idade.
Resolvi contar a minha história com ambos os conjuntos.


Lembro-me até hoje de 1º de Maio de 1996, o dia em que comprei no Bazar Paulistinha do Flamboyant o meu 1º CD (ok, no ano anterior ganhei um do Sandy & Junior de aniversário - aliás, o melhor da fase infantil deles, rs; é o que tem "Splish Splash" e "Tô Ligado Em Você" -, e minha mãe me deu a trilha sonora dos Cavaleiros do Zodíaco... mas, o 1º que comprei mesmo foi): Domingo, dos Titãs. Eu tinha ouvido a faixa-título pela primeira vez no domingo dia 28/4, numa festa na chácara de um amigo da minha mãe. Adorei logo de cara esta canção, e até hoje acho que é uma das melhores dos Titãs. Ao longo do álbum há outras boas músicas: "Eu não aguento", "Eu não vou dizer nada (além do que estou dizendo)", "Vámonos", "Qualquer negócio"... No ano seguinte, veio o pomposo Acústico, que só aumentou minha admiração por esta banda paulista; entre 1997 e 99 comprei ou ganhei vários discos deles:
- Titãs 84 94 Dois, a antologia do lado mais punk da banda; 
- Cabeça Dinossauro, a primeira obra-prima, já que todas as faixas são acima da média - inclusive as obscuras "A Face do Destruidor" e "Dívidas"; 
- Jesus não tem dentes no país dos banguelas, que tem "Diversão", minha canção favorita dos Titãs; 
- Titãs 84 94 Um, que compila a faceta mais eclética da banda, passando pelo pop-rock, o reggae e a eletrônica; 
- Volume Dois, o qual considero o primeiro disco fraco dos Titãs - só se salvam as regravações de "Sonífera Ilha", "Miséria" e "Senhor Delegado / Eu não aguento";
- Televisão, repleto de letras bizarras e nonsense, com destaque para "Dona Nenê", "Autonomia" e a própria faixa-título;
- Õ Blésq Blom, a segunda obra-prima, com o passar dos anos se tornou meu predileto devido às suas letras metalingüísticas e seus arranjos experimentais, flertando com música regional ("Introdução" e "Vinheta Final por Mauro e Quitéria"), rap ("O Camelo e o Dromedário") country rock ("32 Dentes"), funk ("Miséria"), eletrônica ("Deus e o Diabo") etc.
A banda decepcionou em seus discos de estúdio da década passada (A melhor banda de todos os tempos da última semana, Como estão vocês? e Sacos Plásticos), logo não senti vontade de tê-los. Em 2011, comprei no Sebinho de Brasília um dos CDs que ainda não tinha: Tudo ao mesmo tempo agora. No início deste ano finalmente adquiri o lendário Titanomaquia.
Curiosamente, só fui assistir a um show dos Titãs aos 18 anos de idade, em 2008, quando já estava morando em Brasília. Aliás, foi uma apresentação em dose dupla, pois eles estavam fazendo uma turnê junto com os Paralamas do Sucesso. Voltei a vê-los ao vivo em 2012, no Rio de Janeiro; o primeiro dos shows foi na mini-turnê Cabeça Dinossauro, e o segundo foi a comemorativa de 30 anos da banda, contando como convidados especiais os ex-titânicos Arnaldo Antunes e Charles Gavin.
2014 foi o ano do retorno à boa forma do ex-octeto que atualmente é quarteto: Nheengatu surpreendeu a todos ao resgatar a sonoridade agressiva que marcou álbuns como Titanomaquia e Tudo ao mesmo tempo agora e o tom politizado de Cabeça Dinossauro e Jesus não tem dentes no país dos banguelas. Fiz uma resenha do disco; leiam aqui.
P.S.: O último post do meu defunto blog Sofisma Burlesco foi uma análise da discografia titânica.




Minha história com Bon Jovi é menos detalhada, mas nem por isso menos marcante. Em 1995 ouvi - e amei à primeira audição - "Always". No ano seguinte, em meados de Junho, fui com meu pai nas Lojas Americanas na esperança de encontrar "o CD da capa legal" (leia-se: These Days), mas só achei a coletânea Cross Road. Meio frustrado, resolvi levá-lo mesmo assim, afinal entre suas faixas havia "Always". Ouvindo-o no carro, mudei de opinião quando fui logo de cara bombardeado por dois clássicos: "Livin' on a Prayer" e "Keep the Faith". Meu pai gostava de "You give love a bad name", e passei a gostar também. No dia seguinte, um sábado de manhã, descobri entre suas faixas aquela que é até hoje uma das minhas prediletas: "Lay your hands on me", um legítimo arena rock. 
Dias depois, na minha festa de aniversário de 6 anos (na qual, aliás, ganhei uma guitarra de minha mãe - sim, já novinho eu era bem roqueiro!), meu padrinho me presenteou com o These Days. Que disco fantástico! É provavelmente o melhor do Bon Jovi, com destaques para "Hey God", "Something for the pain", "This ain't a love song" e a faixa-título. Na viagem que minha família fez em Julho daquele ano para Cabo Frio (RJ) e depois Guarapari (ES), meus pais já não deviam mais aguentar Bon Jovi de tanto que eu colocava este CD para tocar, hehe.
Anos depois, estava assistindo a um programa de clipes com meu amigo Gino e vimos o novo single da banda, "It's my life". Caramba,  após quase cinco anos de hiato o Bon Jovi estava de volta com uma música jovial, moderninha e perfeita para capturar novos fãs (aliás, o Gino foi um deles)! Infelizmente os discos seguintes não repetiram este alto nível; cada vez mais cresceu em mim a convicção de que Bon Jovi alcançou seu ápice na primeira metade dos anos 90 (com os discos Keep the Faith e These Days e os singles "Always" e "Someday I'll be on Saturday night"), manteve o fôlego em Crush e depois disso fizeram apenas uma ou outra boa canção ("Everyday", "Have a nice day", "Lost Highway").
De toda forma, Cross Road e These Days continuam a ser CDs que ainda ouço bastante. Até os "recomprei" (a propósito, o TD eu adquiri no Rio, ano passado), pois os discos que eu tinha estavam bastante arranhados.

Sou bastante nostálgico, principalmente em música. Meu gosto musical continua a respeitar seus quatro principais pilares: os pioneiros - Titãs e Bon Jovi (1996); a primeira banda cujas letras mereciam ser lidas e refletidas - Legião Urbana (2000); a maior banda de todos os tempos, cuja discografia é por si só uma enciclopédia do rock - Beatles (2003); e, por fim, a tríade que me iniciou no rock alternativo - Pixies, Smiths e Joy Division (2005).

 

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